“O mundo pós Segunda Guerra Mundial estava bagunçado. O início da Guerra Fria com a bipolarização entre URSS e Estados Unidos trouxe novas perspectivas a regiões que antes estavam abandonadas ou sob influência dos países envolvidos na guerra. O holocausto aos judeus, causado pela Alemanha nazista, dizimou a população que clamava por um território próprio cujas crenças e tradições fossem respeitadas. Esse território já havia sido prometido aos judeus pela Declaração de Balfour e pela Liga das Nações, em 1922.
A Palestina, cuja religião predominante era muçulmana, era um dos domínios da Grã-Bretanha e foi a escolhida para a criação do lar judeu, por conta da Terra Santa, clamada pelos hebreus. Assim, em maio de 1947, o governo do Reino Unido solicitou à ONU um plano de partição da área entre dois Estados – um judeu e um árabe – e estabelecendo que Jerusalém e Belém ficassem sob controle internacional. Dessa forma, os 700 mil judeus ficariam com 53% do território, enquanto os cinco milhões de árabes que já moravam no lugar, passariam a ficar abrigados nos 47% restantes.
Desde 1948, com a independência do Estado de Israel, a região não teve paz absoluta. Após primeira guerra árabe-israelense, seguiram-se a Guerra de Suez (1956), a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kippur (1973).
Em 1967, Israel ampliou-se ainda mais, capturando vários territórios vizinhos, inclusive a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental — territórios hoje reivindicados pelos palestinos para a criação do seu Estado. Israel já desocupou a Faixa de Gaza, hoje sob controle do grupo islâmico Hamas, mas diz que nunca irá abrir mão do lado leste de Jerusalém.
Até hoje, não houve a proclamação do Estado da Palestina.”